sábado, 30 de julho de 2011

Vasco X Bahia: Perdi o momento...

Amigos, 

Por compromissos pessoais creio que perdi o momento oportuno de fazer uma análise tática desta partida.

Por isso, aproveito para alguns comentários pontuais e para os projetos, ainda otimistas apesar do tropeço.

-Élton entrou mais cedo em campo e salvou o Vasco de um grande desastre. Dessa vez, o unico queimado foi Alecsandro: o centro-avante que não funcionou. Esse fato parece enfraquecer minha idéia de que Gomes precisa escolher um dos dois e manter em campo por 90 minutos. Apesar disso, creio ainda que ambos podem apresentar algo muito parecido para o Vasco, e pra isso precisam de confiança e sequência. Amplio a idéia. Não basta colocar 90 minutos em campo sem trocar o centro-avante. Tem que escolher um e testar asism por duas ou três partidas. Acho que surtirá mais efeito.

-A atuação de Felipe não foi tão ruim quanto parece. Já sabemos que o esquema tático e as obrigações defensivas o prejudicam, assim como prejudicam Juninho. Além disso, temos agora dois ídolos de qualidade incontestável dividindo as funções de marcação de um flanco e organização alternada das ofensivas. Deveria ser ÓBVIO que o Felipe apareceria menos e seria menos decisivo para o Vasco no ataque. Afinal, nem tudo agora passa por ele.

-Relacionado a isso, apareceu novamente a inversão de posições entre meias esquerdo e direito. Continuo achando isso um sistema interessantes por favorecer as enfiadas de bola em tempos que nossos laterais andam pouco efetivos. Porém, deveria ser também óbvio que isso geraria mais erros de passe, porque enfiadas SÃO DIFÍCEIS. Daí também o fato de pregarem o Felipe na cruz injustamente.

-Ao mesmo tempo, insisto que a pouca efetividade de nossos laterais é relativa, e não tão grave. Não comento Márcio Careca que é "caso perdido", mas Fagner vem também apresentando bom futebol. Entretanto, ele não vem mais sendo tão exaltado como fora até antes de sua contusão. Ele ficou ruim? Não. Acontece que esperam dele um jogo que não é o dele. O Fagner vem apresentando boas jogadas individuais na intermediária e boas tabelas, distribuindo o jogo pela ponta junto com o Éder Luís. Mas quando um lateral faz isso, ele não é valorizado porque querem semrpe um sujeito que cruze o tempo todo. Afinal, cruzamentos são emocionantes, mas não são a única maneira de jogar. Caso queiaram relebrar o que penso disso: "o trabalho do lateral"

-Defensivamente, contra a retranca do Bahia, o Vasco se comportou bem. Não precisamos marcar muito nem dispensar muitos esforços pra isso. Essa não foi uma partida boa para sabermos se nosso sistema defensivo funciona bem no meio campo com Rômulo, Juninho e Felipe. Afinal, o gol que levamos foi num contra-ataque dos mais mortais, quando o time está saindo para o ataque,  e num momento em que a zaga parou para fazer linha de impedimento sem sucesso.

Por que então bons projetos? Porque apesar dos pesares, o Vasco só não reverteu o placar porque o futebol é aquela chatíssima caixinha de surpresas. Principalmente contra um time de René Simões, que só consegue jogar bem em situações difíceis como a do Bahia.

A partida contra os tricolores de SP será dificílima, e, sem treinamentos específicos, espero uma formação igual.
- Será ela a prova de fogo de nosso losango no meio campo. Se não der certo, devemos guardá-lo apenas para partidas onde o adversário é menos ofensivo. Eles atacarão dentro de casa.

- Por isso mesmo, é possível que consigamos um bom resultado. Times bons tecnicamente têm mais facilidade contra quem joga mais aberto do que contra quem retranca até a última possibilidade. Vide a derrota para o Cruzeiro de Joel "ferrolho" Santana.

- E SE conseguirmos um bom resultado, é o momento de alimentarmos a esperança de terminar o turno muito bom-posicionados. Por mais que nossas próximas rodadas sejam muito difíceis, precisamos recuperar o perdido contra o Bahia para terminar o primeiro turno em boas condições de brigar sério no segundo. Chegando na metade do segundo turno embolados com o G4, teremos chance da arrancada.

Por isso, apesar das críticas, bons projetos!

domingo, 24 de julho de 2011

Grata vitória, e convincente! (ATL-MG X VAS)

Olá amigos,

Foi muito bom ver a atuação vascaína de hoje, porque ela nos mostra que temos alternativas, que temos possibilidades, que não somos estritamente dependentes do Rei e do Maestro. É claro, existiram problemas e críticas, mas apenas em duas condições: em situações individuais específicas e, novamente, nas substituições de Ricardo Gomes. Deixemos para o final, pois estes problemas foram minimizados pela boa atuação do conjunto, inclusive na questão tática, que nos trouxe uma alternativa interessante.

Vencer o Galo mineiro fora de casa foi um passo importante na campanha, que recupera para nós dois dos pontos perdidos em empates infantis passados e que, por isso mesmo, nos aproxima muito do vice-líder. Enquanto na quinta-feira (contra o Bahia) teremos uma partida cuja obrigação de vencer é do Vasco, São Paulo e fRamengo terão partidas fora de casa, o que dificulta sua situação e pode nos render uma melhor posição na tabela.  Essa vitória tem algumas componentes interessantes, que merecem destaque:

- Mantivemos a formação em 4-4-2, mas com a composição e formação do meio campo organizadas de maneira diferenciada, e com trocas de posição interessantes: Julinho e Diego Souza, Diego Souza e Éder Luís;
- Além da diferença na porção ofensiva do meio-campo, defensivamente tivemos também diferenças, pois Rômulo não mais atuou como volante entre os zagueiros, mas alinhou-se com Eduardo Costa, onde o primeiro defendia a esquerda e o segundo a direita;
- A função tática do estreante (com o "pé esquerdo") Julinho também merece ressalva nesta análise: um meia-esquerda muito aberto, jogando em constantes ultrapassagens com Márcio Careca fez com que a lateral direita atleticana tivesse que ficar presa defensivamente, enfraquecendo o frequente jogo aéreo mineiro, que funcionou mais pela nossa direita defensiva.

Destacar estes três pontos servem para reforçar a idéia batida no blog, mas pouco presente por aí, de que time que é bem treinado taticamente não precisa de padrão. Ora, vínhamos há três partidas jogando com o meio-campo em losango e com um volante marcador (mas três jogadores no meio aplicados defensivamente), mas pela impossibilidade da presença de Felipe (suspenso) e Juninho (poupado), observamos um esquema que fatalmente será repetido ao longo do ano, já que temos um campeonato longo e que as estrelas do time naturalmente precisam de mais descanso.

Hoje, por isso, entramos em campo com dois volantes marcadores e dois meias muito menos preocupados com a marcação, apesar de merecer destaque a aplicação defensiva de Diego Souza (que hoje estava com disposição, e não fez jus à alcunha de soneca) e Julinho em momentos específicos da partida. Defensivamente, não havia grande modificação de posicionamento. Entramos em campo com um 4-4-2 diferente do de costume. E mais que isso: diverso dentro do diferente. 



Este era o posicionamento no qual o time se apresentou na maior parte do tempo. Os zagueiros cobriam as laterais e os volantes ocupavam seus espaços; Fagner e Marcio Careca receberam boa liberdade de subida (o que prendia as ofensivas atleticanas pelos flancos); compensada por um meio campo consistente defensivamente e centralizado ofensivamente em Diego Souza enquanto Julinho abria quase na ponta esquerda; no ataque, Éder Luís posicionava-se para subir principalmente na ponta direita e puxar contra-ataques em velocidade, enquanto Alecsandro ora posicionava-se como centro-avante clássico ora vinha buscar o jogo a partir da meia, o que prejudicou um pouco sua participação na partida.
1)

2)

3)


Entretanto, foi possível encontrar algumas vezes durante a partida três variações táticas. 1) Julinho posicionado pela direita e Diego Souza na esquerda (troca de posições entre os dois); 2) Diego Souza na posição de atacante pela direita, significando Éder Luís recuado no mesmo flanco; e 3) uma combinação das duas anteriores, em que Julinho apresenta-se na meia-direita, Diego Souza no ataque pela direita e Éder Luís recua centralizado no meio campo (nessa situação, aconteceu nosso primeiro gol).

Assim, como o próprio Felipe já jogou nesse Vasco, tínhamos um sujeito canhoto na meia direita, o que favorece levantamentos da intermediária (primeiro gol) e a centralização do jogo com enfiadas de bola (o que não foi o caso do Julinho, mas é o que Felipe fazia). O recuo de Éder Luís com o avanço de Diego Souza garantia uma outra característica ao time, pois ficávamos com dois homens de frente com força física e, temporariamente, com dois centro-avantes em campo aliados a um meio campo de grande velocidade com Julinho (que deu lugar ao destro Bernardo na meia esquerda, fazendo o que fez o estreante no lado oposto do campo) e Éder Luís.

Aí entra a crítica a Ricardo Gomes: fora a substituição, natural diga-se de passagem, de Julinho por Bernardo nosso técnico fez mais substituições "seis-por-meia-dúzia", que foram a entrada de Jumar e Élton. Poderíamos adaptar a célebre frase para: "em esquema que está jogando melhor não-se-mexe", pois o Vasco no segundo tempo dominava amplamente o Galo. Mas, considerando o fato de que Alecsandro e Eduardo Costa não se cansaram, não vi motivo para substituí-los a não ser a entrada de jogadores completamente descansados. Manter em funcionamento um esquema tático que estava superando o do adversário é um atenuante, junto ao fato de que ele atrasou menos a entrada de "sangue novo" na partida, já que antes dos 20 minutos do segundo tempo Bernardo estava em campo. Ainda assim, demorou um pouco e as críticas merecem o registro.

Este jogo aberto nas laterais e com variações táticas pontuais mas destacadas no decorrer da partida fez com que o Atlético dependesse de um jogo centralizado com lançamentos ou de levantamentos na área vascaína. Felizmente, dessa vez não tivemos problemas sérios com a marcação dos cruzamentos. Méritos, novamente, da ótima disciplina tática que Ricardo Gomes consegue impor. Levamos, porém, nosso gol numa situação que foi recorrente no decorrer da partida  e merece, mais ainda, a crítica: foram constantes os "cochilos" individuais. Márcio Careca no lance do gol e em outros momentos; Rômulo repetidamente na sua nova função em que às vezes precisa fazer alguma coisa com a bola; e em menor escala, Fagner, Diego Souza e Alecsandro também apresentaram pequenos apagões que poderiam ter comprometido.

O que não foi surpreendente foi a entrada de Élton: nitidamente no apagão constante, lento e pouco aplicado. Repito, substituir Alecsandro por Élton no decorrer do jogo para tentar reverter a situação (em que ainda empatávamos) não é nada mais que queimar uma substituição e, mais ainda, queimar tanto Élton (que entra pra tentar ser o salvador da pátria em menos de 10 minutos de partida) quanto Alecsandro (que sai como o centro-avante que não fez seu dever). Ambos são de um nível muito parecido, mas Alecsandro está estimulado e Elton desanimado com a reserva. É nítido que o treinador precisa escolher um e sustentá-lo em campo pelos 90 minutos.

Até porque tivemos muitos exemplos de que alterações no meio-campo, mais especificamente a entrada de Bernardo, tem surtido mais efeito para reverter placares indesejados. Mais uma vez, Bernardo entrou em campo com bastante vontade e sofreu o pênalti que garantiu nossa vitória. Aconteceu a tempo de evitar que Alecsandro fosse crucificado pelo pênalti perdido, pois nos garantiu a vitória.

Ao final da partida, estava nítido um Vasco que se comportou como sua grandeza manda. Progressivamente foi se impondo sobre o dono da casa, animado por uma torcida vascaína bastante presente e atuante para uma partida fora de casa. Valeu a máxima de que o Vasco da Gama NUNCA joga fora de casa estando dentro do Brasil.

Como já disse, precisamos novamente, no meio da semana, fazer vencedora a Cruz de Malta numa importante partida contra o Bahia. Isso passa pela torcida, pelas atuações individuais, e também pela recomposição tática do time após esta boa partida. Fico me perguntando se Ricardo Gomes insistirá no losango com Rômulo, Juninho, Felipe e Diego Souza. Particularmente, espero que sim.

Saudações Vascaínas!

domingo, 17 de julho de 2011

Novamente, falar do que não vi... (VAS x APR)

Novamente não pude assistir a vitória do Gigante sobre o "temido" Furacão.

Novamente, por esse motivo, me abstenho de analisar taticamente a partida. Como não aguento ficar sem informações vascaínas, novamente assisti aos melhores momentos e procurei observar o que dizem os blogs da lista que consta ao lado direito, de sites recomendados.

Comento, brevemente, o que me chamou a atenção:
1) O criticado Alecsandro fez dois gols típicos de um bom centro-avante: oportunismo, bom posicionamento e finalização simples nos dois casos. Fez o que tinha que fazer.

2) Bernardo não consegue se adaptar à posição que vem jogando, a ponto de sair (com raivinha) para o retorno de Diego Souza. Ricardo Gomes está na dúvida entre os dois (provavelmente, sofrendo pressão para escalar o jogador mais caro do elenco), e fará ainda alguns testes antes de decidir. E estes testes podem ser benéficos: a experiência me mostra que o meio campo é o lugar onde mais fazem efeito substituições onde troca-se "seis por meia-dúzia", sem alterar a disposição tática do time. Portanto, ficar na dúvida entre Bernardo e Diego Souza e fazer este teste é muito mais produtivo do que ficar na dúvida entre Alecsandro e Elton e fazer o teste durante o jogo.

3) Devo, portanto, parabenizar nosso técnico. Optou por Alecsandro, foi pressionado para colocar o Elton e sustentou sua convicção até o fim, sendo recompensado por isso. Não acho estranho que se tenha dúvida entre Elton e Alecsandro, pois os dois têm um nível muito próximo (para nós, devo dizer que isso é uma infelicidade). Entretanto, como já disse, trocar de centro-avante durante o jogo só pra testar é queimar uma substituição sem grandes motivos para isso. Na minha opinião, um time que se propõe a ter um jogador em campo "apenas" com a função de empurrar pra dentro do gol adversário tem que escalar esse sujeito e acreditar nele até o fim, porque nessa posição é completamente natural que o homem não faça nada durante 99% do jogo, mas que o 1% dê a vitória.

4) Ando pensando seriamente em abrir um consultório esotérico, porque, mais uma vez, vejo que meu antigo post sobre "o trabalho dos laterais" anda rendendo comentários futuros. Reparem nos três gols de hoje. A) o primeiro gol do Atético-PR saiu de uma jogada articulada pela ponta esquerda entre MEIA e LATERAL, que resultou num cruzamento RASTEIRO um pouco para trás, de onde saiu o gol após uma série de falhas (inclusive na cobertura do lateral, assunto do qual falei no último post); B) o primeiro gol do Vasco saiu de uma jogada individual do nosso lateral indo ao FUNDO (e quando o lateral vai ao fundo, todos esperamos um cruzamento por cima) e invadindo a área para tocar RASTEIRO para nosso segundo atacante, que estava posicionado exatamente para isso, dentro da área; C) em nosso terceiro gol, vemos o jogador da lateral  direita mais preso, mas temos o segundo atacante atuando como ponta direita para, aí sim, fazer um cruzamento para o centro-avante. Por que fui profético? Porque, novamente, todas as situações de gol foram comentadas naquela post; e porque, novamente, isso me permite questionar o mito de que todo lateral deve ser um jogador que foca em ir ao fundo e cruzar por cima. Existem inúmeras outras possibilidades, tão efetivas quanto.

5) Gostaria de saber como se comportou taticamente a defesa vascaína: se puderem me ajudar com essa informação nos comentários, agradeço. Isso porque também no post sobre o esquema de jogo para o Reizinho e no último post afirmei que nossa pouca eficiência ofensiva se devia à necessidade de compensar a retirada de um jogador de marcação forte para a entrada do Juninho com funções mistas entre ataque e edefesa assim como Felipe já jogava. Acreditava, e ainda acredito, que o bom treinamento tático de Ricardo Gomes nos permitirá ter uma defesa sólida mesmo com nosso quarteto de meio titular, sem sacrificar a parte ofensiva.

Acabados os comentários específicos sobre a partida de hoje, ressalto que, novamente, não esqueço das promessas temáticas feitas anteriormente: hoje cumpro a promessa de falar de nossas opções para o meio-campo, deixando para o futuro (talvez nesse meio-de-semana sem jogo do Vasco) o assunto das formações táticas e seus nomes.

O motivo dessa escolha advém do fato de o Maestro estar suspenso para a próxima partida, o que obrigará Ricardo Gomes a alterar a formação do meio-campo (já que o único jogador do elenco que já fez a mesma função tática de Felipe no Vasco de Dorival Júnior foi Jeferson, que jogará nos "Isteites"). O que Ricardo Gomes fará? As respostas que pipocam na mídia consistem em escolher entre Diego Souza e Eduardo Costa.

Seja lá o que nosso treinador resolva fazer, nos favorece o fato de termos uma semana para acertar a nova formação até entrarmos em campo fora de casa contra o questionado, porém não tão distante na tabela, Galo Mineiro. Jogar com formações diferentes não é um problema para Gomes ou para os jogadores: basta revisar a postagem deste blog sobre o padrão tático (junto à análise de Vasco X Cruzeiro) e mesmo a outra sobre os sistemas de cobertura dos laterais, citada acima. O Vasco vem apresentando formações razoavelmente diferenciadas, e sempre bem organizadas, apesar de termos aparentemente repetido a dose três vezes seguidas (Atético-PR, Internacional e Corinthians). Jogaremos, mais uma vez (como Ricardo Gomes gosta de fazer), de acordo com as circunstâncias: partida em MG contra um time que, apesar de desacreditado, tem lá sua tradição e força em casa.

Dentro das possibilidades óbvias já apontadas pela mídia, temos, então:
1) Eduardo Costa no meio:
Nesse caso, teríamos um sistema defensivo novamente mais sólido, com dois volantes que se empenham muito na marcação, apesar de qualidade bem reduzida na saída de bola. Isso nos colocaria maior solidez na zaga e na proteção aos laterais, que seriam mais exigidos tanto para sair jogando quanto na articulação ofensiva de fato. Penso que é a possibilidade mais prudente, com um 4-4-2 clássico.

2) Escolhendo Diego Souza:
Nessa segunda possibilidade, obrigaríamos novamente juninho a marcar como segundo volante e sair na articulação com menos liberdade. Com isso, apostaria numa formação parecida com nosso losango atual, mas em vez de alinhar os dois vértices das laterais, o vértice do Rei seria mais recuado e o do "Soneca" mais avançado, o que implicaria num leve deslocamento de Bernardo para a meia direita (posição onde ele rende mais do que centralizado) e num temeroso deslocamento de Rômulo para a esquerda, já que
Diego Souza marca e se esforça muito menos que Felipe.

3) Se fosse uma partida em casa, arriscaria mais:

 Isso significaria um time ofensivamente em 4-3-3, com Bernardo e Éder Luís abrindo respectivamente na ponta esquerda e na ponta direita. Mas, aproveitando a disposição e correria dos dois, o setor defensivo seria recomposto em 4-5-1, onde ambos se alinhariam com Juninho tanto para ocupar espaços quanto para sair em velocidade no contra-ataque. Duvido que Ricardo Gomes fará isso.

4) Existe, ainda, a possibilidade de dar o devido crédito ao Jumar, que vem com mais ritmo que Eduardo Costa: nesse caso, teríamos a mesma formação da opção 1 (mas, provavelmente, com Rômulo na direita e Jumar na esquerda). Eduardo Costa é mais técnico que Jumar, porem menos veloz e vigoroso, além de pesar como vantagem para este último a questão do ritmo de jogo: Eduardo Costa não é nenhum garoto e esteve na França sem treinar para ajustar sua recisão com o Mônaco.

Acredito que Ricardo Gomes optará entre 1 e 4. Provavelmnente escolherá a opção 1, já que o blogueiro aqui não manda em nada e preferiria 3 ou 4.

Nos resta acompanhar as notícias durante a semana para os indicativos possíveis da formação, tendo consciência de que não nos aguarda uma partida fácil e de que Felipe nos fará falta, ainda que não venha desequilibrando tanto quanto antes. Essa semana funcionará como um importantíssimo teste, já que nossa formação do meio com Rômulo, Juninho, Felipe e Bernardo (ou Diego Souza) ainda não está completamente ajustada e estabilizada. É a oportunidade de tentar algo diferente para, talvez, sustentar este diferente para o futuro, ou, pelomenos, tê-lo como opção tática confiável. Por isso, faço uma última especulação, agora para o futuro: se Bernardo e Diego Souza  não renderem o esperado, por que não um meio apenas com Felipe e Juninho atacando?


Isso nos daria solidez na defesa e uma qualidade absurda no passe. Porém, teríamos a questão da idade dos armadores pesando (apesar de ambos estarem ainda correndo em bom nível, muito mais que Diego Souza, por exemplo) e o problema da falta de um armador que DE FATO parta pra cima em velocidade e bagunce o esquema tático adversário com jogadas individuais. Isso significa que uma retranca com marcação específica poderia anular nosso meio.

A solução para estes problemas poderia residir no banco de reservas, trocando no intervalo, ou no próprio campo, permitindo que Juninho e Felipe trocassem de posição entre si. Lembremos que quando Felipe jogou com liberdade no ataque, ele caía frequentemente pela meia direita, centralizando o jogo de maneira inesperada (e lembremos também que felipe já jogou na ponta direita).

Para termos mais concretude com relação a esta última especulação, precisamos aguardar a próxima partida!
Observemos!
SV!

domingo, 10 de julho de 2011

Falar do que não vi? Prefiro ir aos laterais...

Infelizmente, por compromissos familiares onde não havia como assistir ou ouvir a vitória de hoje do gigante da Colina, teremos um post prejudicado.

O que sei da partida? Vi os gols, li as reportagens e assisti aos melhores momentos, além de buscar na lista de blogs que costumo dar uma olhada (vejam aqui à direita, recomendo bastante).

Por isso, não me arrisco a falar da disposição tática pra não falar besteira.

Prefiro começar elogiando a saída de Diego Souza do time titular. Ricardo Gomes teve peito e personalidade para entrar com Bernardo em campo, por mais que, como já disse no post anterior sobre o jogo contra o Corinthians, não ache que ele se dê bem taticamente na posição. Ricardo Gomes disse na coletiva que ele melhorou por ali. Acontece que precisamos ali de um jogador que seja inteligente na movimentação, tenha bom passe e faça a bola correr de maneiras variadas, mas Bernardo nunca havia conseguido fazê-lo com eficiência suficiente. Vi alguns elogios sobre ele, espero que tenha conseguido melhor hoje.

A escalação de hoje: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca (Jumar); Romulo, Juninho, Felipe (Diego Rosa) e Bernardo; Eder Luis (Diego Souza) e Alecsandro.

Tudo indica que o Vasco manteve a formação com o meio em losango. É o que nosso técnico havia afirmado que precisa treinar mais para não sobrecarregar o ataque com o suprimento da defesa. Entretanto, minhas limitadas informações sobre o jogo me levam a fazer algumas ressalvas.

- Nos melhores momentos Felipe aparece frequentemente chegando ao ataque pelo meio centralizado, por onde distribuiu bem lançamentos e enfiadas. É ali que ele é ofensivamente mais útil: foi elogiado no "troca de passes" (SporTV) e saiu aparentemente cansado para a entrada de Diego Rosa, o que pra mim é um grande enigma.

- A entrada de Jumar ainda no primeiro tempo no lugar de Marcio Careca pode ter fortalecido a defesa e facilitado a articulação ofensiva do time por isso. Essa pode ser uma alternativa importante contra o Atlético-PR, entretanto, contaremos também com a fragilidade maior da lateral direita sem Fagner, que, mal ou bem, é o titular da posição.

- Fiquei com a impressão de maior aplicação de Alecsandro e Éder Luís (que fez um gol bem estranho, em que a bola entrou por puro capricho, na minha opinião), que apareceram mais nos melhores momentos e mais bem municiados: ao que parece, precisamos agradecer aos nossos meias/volantes idosos. Com o cansaço de Éder, que me surpreendeu não foi Diego Souza em campo, mas Ricardo Gomes colocando jogadores com características diferentes pra jogar. Isso provavelmente mudou o Vasco.

Não preciso nem comentar que o Juninho é de fato nosso Rei, não é? Unanimidade nos elogios: "correu como um garoto", "organizou o meio defensiva e ofensivamente", "injetou ânimo e experiência no time", "bate na bola como ninguém" e tantas outras expressões que, em conjunto, descrevem um jogador diferenciado.

Não sabendo muito mais o que dizer do jogo em si, comento sobre os sistemas de cobertura dos laterais, um assunto importante e que tem muita relação com o esquema de jogo montado para a entrada do nosso Pernambucano.

Cobrir os laterais é fundamental. Quando um lateral recebe uma bola nas costas ou leva um drible sem a cobertura devida sempre temos um "Deus-nos-acuda" no sistema defensivo. Em qualquer clube do mundo. Então é fundamental cobrir direito a subida dos laterais para que a defesa esteja preparada para estas sitiuações, que invariavelmente acontecem de vez em quando. Como no Vasco temos laterais bem ofensivos, este foi um problema sério enfrentado por Ricardo Gomes.

Possuíamos grandes avenidas nas laterais. E esse é um problema que não se justifica apenas pelo fato de nossos laterais possuirem mais aptidões ofensivas. Ou seja, não é apenas uma limitação técnica, mas também tática. Sendo assim, o treinador precisa resolver o problema também por essa via: e aí entra o bom trabalho de Ricardo Gomes. A primeira solução óbvia é pedir que os laterais subam com prudência, preocupados em não deixar buracos na defesa: isso significa subir alternadamente, e não os dois laterais ao mesmo tempo. Mas apenas isso não é o suficiente. Nos sistemas com 4 defensores (2 zagueiros e 2 laterais), como os 4-4-2 que o Vasco tem utilizado, é necessário designar alguém para fazer essa cobertura, e esse alguém pode vir da zaga ou do meio campo. Vejamos algumas situações, com base no time do Vasco:

Nesse primeiro caso, quem faz a cobertura da subida do lateral é o zagueiro. O exemplo é pela subida do Fagner, mas o mesmo pode acontecer com a subida pela esquerda. Nesse caso, Dedé se desloca para a direita. A fim de evitar um buraco na zaga, Rômulo ocupa a posição de zagueiro, de onde Dedé saiu. É necessário, portanto, recompor defensivamente a posição do Rômulo. Para isso, os dois outros jogadores de meio do losango se alinham à frente da zaga para dar proteção com ênfase na direita defensiva, mas possibilitando a inversão da defesa caso o adversário vire o jogo pela frente da área.
No segundo exemplo, quem faz a cobertura da lateral é a ponta do losango: Felipe pela esquerda (nesse caso do exemplo) ou Juninho pela direita. Isso foi muito usado quando Eduardo Costa ocupava a direita do losango Vascaíno (foi nessa posição que nosso volante careca fez suas melhores atuações) e tem aparecido frequentemente nos losangos vascaínos. Nesse caso, a zaga fica fixa em posição, protegendo mais o miolo da defesa e o jogo aéreo, já que o Rômulo fica também com maior disponibilidade para proteger tanto a ponta esquerda quanto o centro da zaga ao se alinhar com  Juninho à frente dela. Coloco abaixo uma terceira possibilidade, que não temos usado devido à formação das últimas partidas, mas que já foi bastante usada pelo Vasco:
Caso entremos em campo com um esquema mais ortodoxo, um 4-4-2 com 2 volantes de marcação, apresenta-se uma terceira possibilidade interessante (e até uma quarta, semelhante à primeira, onde o zagueiro faz a cobertura e o volante ocupa seu lugar). Os volantes ficam responsáveis por essa cobertura, significando apenas o recuo de um meia para compor e a centralização do outro para um primeiro combate e organização de contra-ataque.

Escalei apenas os jogadores com maior importância nesses sistema, deixando de lado os atacantes, que em todos eles se posicionam de maneira semelhante: Éder Luís para subir no contra-ataque em velocidade e ocupar espaços no meio e Alecsandro de costas para fazer o pivô do contra-ataque. Ressalto a importância desse assunto porque apesar de nos dois últimos jogos (Inter e Corinthians) o Vasco ter usado o "esquema 2", todos os modelos citados aqui foram usados ao longo da temporada: a cobertura com os zagueiros ( com o meio em losango - esquema 1- ou em quadrado - sem desenho, mas semelhante ao esquema 1) e a cobertura com volantes (esquema 3).

Este assunto é importante como complementar ao assunto do post sobre o papel do lateral e ao outro sobre a importância dos padrões táticos, assunto presente na análise de Vasco x Cruzeiro. Ou seja, se temos laterais ofensivos e importantes na articulação pela meia e pelas pontas, é necessário que alguém se responsabilize por essa cobertura. E isso tem implicações tanto ofensivas quanto defensivas. Se optamos por uma cobertura mais sólida e combativa nas laterais, utilizando a zaga para isso, é necessário enfraquecer o miolo da zaga e sua proteção deslocando, respectivamente, um volante e um meia para as posições; se é necessário manter o meio da zaga sólido para o jogo aéreo, a cobertura do os jogadores do lado do losango ou com os volantes (em caso de 4-4-2 clássico) produz menos solidez nos flancos, mas uma marcação mais forte dentro da área e nas suas entradas.

Ofensivamete, porém é necessário pensar em dois aspectos: a roubada da bola e a distribuição do contra-ataque. Quanto designamos Felipe ou Juninho para esta função estamos perdendo força nos dois aspectos, a fim de garantir uma defesa mais sólida. Assim, sobrecarrega-se a transição defesa-ataque sobre um jogador de qualidade (quando poderia ser feita por dois) ou tendo que utilizar alguém que não tenha nessa função sua principal característica. É o que Ricardo Gomes tem feito ao posicionar Éder Luís na meia direita para puxar contra-ataques e receber lançamentos, quando a função do Éder se completa melhor quando ele já recebe as bolas do contra-ataque. Porém quando optamos por uma marcação mais efetiva nas laterais e menos sólida no meio, conseguimos manter nossos jogadores de qualidade técnica em posição mais propícia à organização do ataque: vide Felipe centralizado no esquema 3  e Felipe e Juninho alinhados no esquema 1.

O que é melhor? Se esperamos um padrão tático específico no Vasco, o modelo que pra mim é mais versátil e seguro é o modelo 1, levando em consideração nossa escalação titular. Mas repito meu questionamento do comentário sobre o padrão tático (Vasco x Cruzeiro): "um padrão tático específico é realmente necessário? ". E repito porque essa escolha irá variar de acordo com a escalação à disposição do treinador, com as aspirações ofensivas e defensivas para cada partida e também de acordo com a maneira de jogar do adversário. Essa tem sido a tônica de Ricardo Gomes: jogar as partidas adaptando nossa maneira de jogar àquilo que costuma fazer o adversário.

Como vantagem disso, temos o fato de que Gomes é muito bom para organizar esquemas táticos, o que aumenta nossa possibilidade de anular o adversário. Ao mesmo tempo, porém, isso significa reduzir a tendência do Vasco a impor sua maneira de jogar: nos tornamos menos previsíveis, mas perdemos em entrosamento e na atitude de superioridade que o Vasco precisa apresentar sempre por seu tamanho, qualidade e tradição.

Um grande abraço!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um esquema para o Rei: deu certo ou não?

O marco do "Retorno do Rei" à sua casa numa partida fora de casa não me pareceu inicialmente uma boa idéia, que, inclusive, andou sendo eleitoreiramente criticada por aí...

E no "Retorno do Rei", outro filme foi repetido: 1 x 0 no início e má atuação depois, terminando em derrota. Poderíamos minimizar o fato, dizendo que perdemos fora de casa para o líder do campeonato, e que isso é plenamente aceitável. Sim, isso realmente minimiza o fato. PORÉM somos o Club de Regatas Vasco da Gama, temos um bom time, um elenco razoável e poderíamos ter feito muito mais até agora no Campeonato Brasileiro. 

Começa a perigar de sustentarmos uma posição de mero coadjuvante no campeonato quando precisamos de embalo para a Sulamericana e para o grande projeto do ano que vem. Estamos aquém do que este time, no papel, pode fazer.

E isso ficou nítido mais uma vez nessa partida: problemas sérios na atuação individual de alguns jogadores, inoperância ofensiva e medo de segurar a bola foram os aspectos técnicos mais destacados nessa partida. Apenas cito, para não comentar e sair demasiadamente do foco que Diego Souza, Alecsandro, Éder Luís e Márcio Careca foram muito mal. Mas preciso comentar a questão da posse de bola para adentrar a análise tática.

Quando Ricardo Gomes chegou ao Vasco, torcida, jornalistas e demais críticos constataram que o Vasco segurava demais a bola, fazendo a girar o tempo inteiro pela intermediária ofensiva pecando pela falta de objetividade e velocidade, pela falta de jogadas mais incisivas. Foi dessa maneira que Felipe fez suas melhores jogadas, estando mais próximo do ataque. O que vimos ontem e nos jogos mais recentes? Exatamente o oposto! Um Vasco que não consegue segurar a posse de bola, e quer o tempo inteiro resolver com enfiadas de bola, correria e lançamentos. Estamos com dificuldades na articulação das jogadas, dependentes da correria nada efetiva de Éder Luís para que a bola chegue ao atque. Ou seja, temos muito menos qualidade na chegada.

Isso introduz a análise tática porque, apesar de termos apresentado esse problema ontem, vejo uma esperança. Felipe e Juninho em campo podem nos dar a melhor qualidade de passe do Brasil, se forem utilizados da maneira correta. E podem também, ao mesmo tempo, criar jogadas incisivas e de velocidade usando o cérebro e fazendo a bola correr em enfiadas para os laterais e para os atacantes. Se isso ocorrer, aí sim poderemos reclamar da inoperância do Alecsandro, que não recebe boas bolas nunca, e, por isso, não faz nada nunca.

Ainda acredito, apesar da má atuação de ontem, que a disposição tática na qual entramos contra o Corinthians é a ideal. Ressalto que falo da disposição tática, porque discordo de Diego Souza no time titular. Assim, um 4-4-2 com o meio em losango é sim bastante interessante, e deu sinais de um treinamento bastante interessante defensivamente feito por Gomes. Vejamos na prancheta:

O grande destaque tático do Vasco ontem foi que o quarteto de meio campo estava mais próximo e se deslocava em conjunto. O formato de losango pouco era desfeito, principalmente defensivamente. Assim, ficou bastante nítida a orientação do técnico para que os quatro se aproximassem e jogassem próximos uns dos outros tanto para marcar quanto para atacar.

Quem tinha movimentação mais independente era Diego Souza, que recuava para a posição entre Felipe e Juninho, formando uma linha para ocupar a defesa e compensar a redução no poder de marcação do meio campo ou, no ataque, subia centralizado (destacando-se do losango) ou deslocado pela ponta esquerda. Frequentemente, também, Felipe ou Juninho (este foi mais enfático nessa função) destacavam-se do losango para adiantar a marcação na intermediária do Corinthians, pressionando por pequenos momentos e recompondo a formação posteriormente (quando um avançava, o outro automaticamente recuava ao lado de Rômulo). Ofensivamente este avanço foi menos frequente, e apareceu mais com Felipe, o que foi pouco efetivo já que nosso maestro recebeu uma carga de marcação muito pesada, e não possui mais a mesma velocidade e característica de drible.

Essa forte marcação corinthiana sobre nosso meio campo foi o que lhes deu a supremacia na partida. Apesar de o Vasco ter conseguido uma eficácia defensiva relativamente boa (se considerarmos que jogamos apenas com um volante essencialmente marcador) pela proximidade e deslocamento em conjunto já ressaltados, esse mesmo remédio se constituiu em veneno para nosso sistema ofensivo. A proximidade facilitava a marcação feita principalmente pelos volantes adversários (mas Jorge Henrique e sua catimba merecem também destaque) e fazia com que a bola queimasse nos nossos pés. Não mantínhamos a posse de bola, e não articulávamos jogadas complexas: isso se deve em grande parte, além da própria questão tática, à inoperância de Diego Souza, que à frente do losango deveria ser responsável por triangulações. Será que a marcação com pressão no meio campo, que já fora nossa grande arma, é a maneira mais efetiva de anular o Vasco? Considerando a má fase de nossos laterais (da qual apenas Fagner deu algum indício de recuperação, com boas jogadas individuais pela ponta), parece que sim.

Não podemos, entretanto, creditar nosso problema ofensivo apenas ao pouco empenho de Diego Souza e à forte marcação do Corinthians. Há questões táticas importantes. Primeiro, Éder Luís está jogando muito recuado, na meia direita, para ocupar espaços defensivos no meio campo e sair em velocidade: isso esgota o mineirinho e é facilmente marcado. Segundo, os laterais não tiveram tanta liberdade, pois sua cobertura era nitidamente menos eficiente do que com dois volantes de ofício em campo. Terceiro, Diego Souza precisava compor muito a linha defensiva com Juninho e Felipe, ficando também sumido do ataque. Em decorrência dos três, temos um quarto ponto: Alecsandro foi ainda menos municiado pelos meias e por Éder Luís e precisou sair ainda mais da posição de centro-avante para tentar algo, mas quando ele tenta algo, dificilmente dá certo.

Ricardo Gomes precisou criar estes problemas táticos ofensivos para dar mais solidez à defesa. Em alguma medida ele conseguiu, já que sofremos dois gols de fora da área, em jogadas que receberam uma pitada de sorte para o Corinthians. Após pedir mais tempo pra ajustar o meio, algo me leva a acreditar que o maior entrosamento permitirá que o vértice ofensivo do losango seja mais incisivo, e que Juninho e Felipe se soltem mais junto com seus respectivos laterais, de maneira alternada para garantir a cobertura. Isso, teoricamente, significará um Vasco que poderá garantir mais posse de bola e construir um jogo mais ofensivo e variado para atacar, dificultando estratégias simples que anulem o nosso sistema ofensivo como fez o Corinthians. Não preciso mencionar o acréscimo de perigo para o adversário em qualquer tipo de jogada de bola parada, não é?

Não comento as substituições porque elas (mais uma vez) pouco modificaram o Vasco. Em termos de posicionamnto e função tática, Leandro fez o papel de Éder Luís, Bernardo o de Diego Souza e Allan o de Juninho. Apenas Bernardo significou algum aumento de qualidade, que não se concretizou em empate por um capricho do azar (que seria sorte se a bola tivesse entrado no cruzamento que ele fez), entretanto devo destacar que Bernardo nunca consegue jogar bem no vértice ofensivo do losango, com a função de organização. Não é a praia dele, infelizmente.

O que fazer então, se Diego Souza precisa ser chamado para assistir o jogo ao lado do técnico? Propostas pipocam. Para não escrever muito mais do que escrevi, adiciono às minhas promessas de discussão futura. Quer dizer, no post do jogo contra o Inter espero falar também das opções de meio-campo, dos sistemas de cobertura dos laterais ou da questão das nomenclaturas de formações táticas.

Grande abraço,
Que superemos nossa sequência de maus resultados!