segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ceará X Vasco da Gama

Primeiro post do blog. Estréia do Brasileirão. Vitória cruzmaltina. Diriam numa certa novela da Rede Globo: "Bons auspícios!"

Vitória por 3 x 1 fora de casa. Resultado convincente para quem olha apenas os números da partida de Sábado, 21 de Maio de 2011, 18:30.
Mas o que nos diz sobre o Vasco?
Ora, quase nada! Time reserva em campo, partida sem espetáculo futebolístico. Uma vitória já importante, entretanto.
Entramos em campo comandados por Ricardo Gomes: Fernando Prass; Fagner, Jomar, Douglas e Marcio Careca; Eduardo Costa, Diego Rosa, Jeferson e Bernardo; Enrico e Elton (na relação de algumas emissoras Bernardo apareceu no ataque, posição que não se verificou em campo).
A formação inicial: um 4-4-2 com o meio em losango:

Começamos o jogo assim, com uma consistência defensiva inesperada. Dois zagueiros jovens: Douglas (já conhecido dos vascaínos por sua disposição, bastante promissor) e Jomar (um completo desconhecido, que soaria muito bem em campo com nosso volante, com ótima atuação pra tirar a bola, mas péssima para fazer algo com ela: totalmente compreensível). Os laterais estavam mais presos à marcação, principalmente o Fagner, enquanto Marcio Careca atacava mais atabalhoadamente, como de costume.
Eduardo Costa bem na função de primeiro volante, e uma cobertura boa à subida dos laterais feita por nossos dois volantes e pelo Jeferson, que cobria a esquerda. O problema? Diego Rosa não leva jeito na marcação, apesar de ter jogado como volante.
Do meio pra frente, um time mais conhecido. Mas também problemático. Não por culpa dos jogadores, mas problemático. Vejamos: Jeferson ficou preso na marcação, função que já havia feito com Dorival Junior, mas não foi bem: participou pouco da criação; Bernardo não pode ser o responsável pela distribuição das jogadas e, por isso, não pode jogar assim centralizado; Enrico está longe de qualquer nivelamento para ser jogador do Clube de regatas Vasco da Gama, ainda mais deslocado de sua função; e Elton precisava receber as bolas, já que sai menos que o Alecsandro. Na prática, portanto, entramos com algo próximo de um 4-5-1 com Enrico recuando para buscar o jogo e Bernardo caindo para a ponta, deixando Elton mais isolado.
Assim, poderíamos esperar algum bom resultado: uma defesa consistente e a possibilidade de sair em velocidade. Reparemos que essa não é característica do time principal, que joga com a bola no pé tentando ganhar o meio-campo e partindo organizado em conjunto.
Entretanto, tivemos uma perda bastante complicada ainda no primeiro tempo: o zagueiro Douglas. Segundo informações dos comentaristas, já entrou em campo com desconforto. Segundo o médico do Vasco, ele estava 100%. Como ficamos, então, já contabilizando a entrada de Chaparro (Douglas), Ramon (Careca) e Max (Enrico)?
Logo após a entrada de Chaparro (coisa que toda a torcida vascaína esperava com uma esperança nada justificada previamente), Eduardo Costa fez as vezes de zagueiro pela esquerda e nosso amigo entrou como volante pela direita, preso à marcação e MUITO enrolado, nervoso. Rapidamente Ricardo Gomes percebeu o perigo e recuou Diego Rosa novamente para a posição, trocando-o com o Argentino, que continuou enrolado. Com as outras substituições, após essa arrumação, ficamos assim, não mais em losango:

O que mudou?
Taticamente, do losango ao clássico quadrado no meio.
Percebemos realmente a entrega e esforço típico dos Argentinos: Chaparro surpreendeu no segundo tempo, justificando, agora, o depósito de esperanças no franzino volante. Digo volante porque apesar de geralmente ouvirmos que o garoto é meia, ele, ao chegar ao Vasco declarou que começou como 1º volante e passou a ser 2º volante posteriormente (apesar de já ter sido improvisado como meia em outras situações).
O ataque pelas laterais trocou de lado: a direita com Fagner foi liberada, e Ramon ficou mais preso à esquerda, e subiu mal quando foi ao ataque.
Max ajudou a proteger melhor o meio campo e a aumentar a qualidade na roubada e saída de bola.
Bernardo ganhou mais liberdade e, em proporção, individualismo.

Mudou, mas tivemos 90 minutos de um jogo fraco tecnicamente, com equilíbrio ou ligeiro domínio do Ceará na maior parte do tmpo (salvo após a vitória consolidada), que veio misto mas foi colocando mais titulares em campo.
E os gols?
O gol do Ceará reflete muito do que foram os outros da partida: lances isolados. Não havia grande ameaça na partida. Não havia muito de bonito para ser visto. Num cruzamento com marcação falha, coisa que não deve ser crucificada naquelas circunstâncias, sofremos um gol estranho.
Sairam nossos gols: os três belos. Contrasenso, não?
Entendo como lances isolados, mas decorrentes das mudanças táticas.
Ora, os gols só puderam sair porque Chaparro foi deslocado para frente, porque Fagner e Bernardo receberam mais liberdade e porque o Jeferson pôde vir de trás subindo pela ala esquerda.
Ainda assim, entretanto, foram lances bonitos que não refletem a partida. Apenas notamos outra grande diferença do time reserva para o titular: eles acertaram o Gol.

VASCO: time da virada em quaisquer circunstâncias.

Temos agora um desafio muito mais complicado, mas com um nível extra de felicidade da torcida e esperança dos jogadores! 
Ricardo Gomes pôde ter gratas surpresas: Jomar e Chaparro, que fizeram bem suas funções tentando superar o nervosismo da estréia, com personalidade. E teve também gratas dúvidas: Fagner participou bem no segundo tempo, Eduardo Costa fez boa partida, Bernardo resolveu o jogo mais uma vez (apesar de que tenho muito receio da relação entre o sucesso e acabeça avantajada desse garoto) e Elton também mostrou alguma eficiência na posição.

Vamos a Florianópolis com tudo para comprar uma passagem para voltar ao Estádio Presidente Vargas!
Saudações Vascaínas!
Espero ter agradado!


4 comentários:

  1. Belo blog amigo.
    Se poder da uma olhada no meu blog sobre futebol tbm. http://www.falandodefutebolbr.blogspot.com/

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  2. Cmarada ganhou um fã , toda rodada estarei aki para ler e comentar o que achei , seu blog vai ser muito visitado por mim .

    paz pra ti

    VASCO SEMPRE !

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  3. Pessoal, que bom que gostaram!
    tem algumas coisas ainda a melhorar...
    abraços, SV!

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