quinta-feira, 26 de maio de 2011

Que venham os Paranaenses!!!

Tenho que dizer, com muito orgulho, que errei feio no post pré-jogo! Eu disse: "Coração acelerado, xingamentos de todas as espécies, inquietação", acho que não xinguei nenhuma vez, e assisti o jogo com uma traquilidade e sensação de certeza que há muito tempo não sentia! 
O VASCO DA GAMA fez uma partida magistral. E não é necessário levantar destaques individuais, porque titulares, reservas e técnico foram fenomenais. Melhor partida do ano, numa situação extremamente difícil, que poderia fazer cair qualquer time grande. Mas não o Gigante da Colina.

Escrevo aqui com muito entusiasmo e esperança para as próximas partidas! Mas essa felicidade pela atuação de gala do CRVG não contaminará esse post, porque qualquer clubismo seria pouco nessa situação. O grupo não merece um fiapo de crítica!

Vamos aos elogios taticamente localizados, então:
A Rede Globo, na transmissão colocou o Vasco entrando no 4-4-2 em losango. Quando nós realmente entramos em losango, contra o Ceará, ela listou em quadrado. Mais um motivo para um blog tático.

Começamos assim, e assim fizemos nosso primeiro gol, num cruzamento muito bem feito pelo Felipe, maestro do jogo:
 
Alecsandro fazia o pivô muito bem, Eder Luis fez grande partida jogando pela ponta direita e Felipe como sempre: marcou, organizou o time, cadenciou o jogo e deus seus passes e lançamentos perfeitos, que só deram tão certo porque o time se movimentou com inteligência e intensidade.

Alguns minutos após esse primeiro momento, mantivemos nossa superioridade, mas com uma organização diferente, que durou boa parte do 1º tempo e parte do início do 2º: Ricardo Gomes abriu o Diego Souza pela esquerda, trazendo a marcação e abrindo o meio Avaiano, enquanto Felipe centralizava  a armação das jogadas:
Reparemos que principalmente a partir deste momento Eduardo Costa mostrou seu valor e provou que não poderia mesmo ter ficado de fora da partida. Um leão na marcação avançada, e um elemento surpresa muito interessante para o ataque Vascaíno.
Por essa conjunção de situações, nosso segundo gol sai de uma bola ganhada no meio, de uma bela arrancada do Alecsandro e de uma enfiada também com classe para a chegada de Diego Souza exatamente pela ponta esquerda, pra tocar no fundo da rede com a habilidade de um craque.

2 a 0. Resultado consolidado. Ganhamos a partida no meio campo, como disse no pré-jogo. Corroboram para a consolidação do resultado nestes moldes algumas situações: a lesão de Éder Luís (e entrada de Bernardo), o cansaço do Felipe (entrada de Jumar) e o novo posicionamento de Rômulo como líbero, na sobra da zaga e com liberdade para sair jogando. Partida também impecável do garoto!

Após estas substituições, tivemos então um Vasco muito defensivo: seguramos o resultado no campo defensivo, e prendendo a bola no ataque quando tivemos oportunidade. Mas defensivo com uma competência muito grande, apesar de alguns sustos, que poderiam acontecer em qualquer partida. A marcação em setores funcionou muito bem, a presença em campo de Rômulo, Jumar (pela esquerda) e Eduardo Costa (pela direira e meio) nos deu muita consistência defensiva.

Ao mesmo tempo, a atuação de Diego Souza mereceu contínuo destaque, prendendo a bola e distribuindo com sabedoria, função que Alecsandro fez também com grande qualidade recebendo de costas para a zaga adversária.
Quem destoou nesse último momento foi Bernardo, que entrou fora do ritmo da partida e não teve atuação que vem tendo. Não jogou mal, mas dada a qualidade do nosso setor de criação, ficou bastante apagado.
Terminamos, então, a partida organizados da seguinte maneira:
Rômulo fez muito bem sua função, e apareceu bem na proteção do meio até mesmo avançando, quando teve algumas pequenas dificuldades, enquanto Eduardo Costa começou a subir mais como surpresa e Jumar fez uma atuação segura, como de costume.
O setor ofensivo ficou deficiente, já que passamos praticamente a uma formação 5-4-1, onde esse 1 era Diego Souza ou Alecsandro, que trocavam de posições e onde a dupla de meias trocava também de lado, apesar de o Bernardo ter se mantido mais pela direita.

Atuação do Vasco acima da crítica, convincente. Enquanto alguns duvidavam da capacidade de Allan (que recebeu uma cobertura mais eficiente e não teve muitos problemas pela lateral como antes, apoiando bem) e Eduardo Costa, eles confirmaram a confiança do técnico; e enquanto pediam a entrada de Bernardo como titular, pudemos observar outro acerto de Ricardo Gomes.

Escalou e organizou o time corretamente e substituiu por estrita necessidade, mas de maneira acertada. Talvez tivesse feito diferente.

Parabéns ao Vasco, aos jogadores, à comissão técnica e à bela torcida vascaína catarinense, que fez uma festa linda (apesar de ter faltado espaço no estádio) e levou os jogadores a comemorarem como há muito não se via!

Que venha o Coritiba!
Faltam apenas mais duas partidas!
Saudações!

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