quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Na Sulamericana é diferente... (Aur X Vas)

Como já havia dito antes, o projeto para a Sulamericana tem que ser diferente do para o Brasileirão. O segundo é regularidade e longo prazo; o primeiro, objeto deste post, é momento apenas isso. Já disse isso quando, nessa mesma competição, passamos pelo Palmeiras e em outras ocasiões, ainda na Copa do Brasil. Tanto no Brasileirão quando na copa que disputamos agora, não tem jogo fácil: resultados ruins são comuns e, mais importante, recuperáveis. E poderíamos ter conseguido um resultado melhor naquele momento, mesmo com time reserva, mesmo com altitude, mesmo com todas as adversidades. Foi isso que errei na previsão: depois do Palmeiras, acreditei que o duelo seguinte seria mais fácil.

Não conseguimos. E agora? Saímos vencendo, levamos o empate e uma virada com mais dois gols. Um gol fora de casa, e três sofridos. E agora? É voar em São Januário para reverter o placar ou, no mínimo, levar para além dos 90 minutos dentro de casa. Pra isso, dois imperativos: fazer gols e não levar gols. Com mais pressão, precisaremos apenas saber lidar com nossa própria torcida para cumprir nossas duas necessidades e, assim, chegarmos à próxima fase.

Repito: estamos falando de projetos de curto prazo. É isso que ganha campeonatos de mata-mata assim. Daqui a 20 dias enfrentaremos novamente o Aurora. Até lá, o Brasileirão é o que importa. Na semana da partida, voltemos a pensar novamente na Sul Americana: o foco tem que ser o difícil confronto contra o Internacional fora de casa no Domingo.

Não pude ver muito da partida porque, como alguns aqui já sabem, trabalho nas quartas-feiras à noite. Não me atreverei a desenhar taticamente o jogo. Faço apenas alguns breves comentários:

-Tivemos limitações bizarras na defesa: apenas 1 zagueiro de ofício (Douglas), o outro improvisado voltando após quase 1 ano (Nilton), um volante da base pouquíssimo experiente (Diego Rosa) e outro que é apenas um reserva mediano mesmo (F. Bastos). Ainda assim, vi a defesa se comportar bem do meio pro final do primeiro tempo e no início do segundo: ponto positivo para boas atuações técnicas e táticas de todos estes jogadores até o momento em que tudo desandou de vez.
- Sendo assim, ótima oportunidade para colocar jogadores para trabalhar em meio a frequentes desfalques no setor defensivo seja por contusões, seja pela sem-vergonhice da seleção brasileira.

- Nas laterais, Fagner continuou se destacando enquanto Julinho e Marcio Careca pelomenos não destruíram o time como têm feito. Boa partida para dar ritmo ao Julinho também.

- O meio campo ofensivo foi formado por Bernardo como meia de ofício, que chamou a responsabilidade e procurou organizar o time e teve a companhia de Leandro recuado que se esforçou, mas nada fez. A estrela do garoto brilhou no gol sortudo que poderia ter significado pra nós um grande resultado. Como não significou, ao menos amenizou o desastre.

- No ataque a inoperância costumeira: Jonathan parecia estar ainda pior do que quando subiu aos profissionais por falta de opção e Patric não tinha mesmo como piorar. Tenho até pena de falar mal dos dois: me abstenho de continuar.

- Levando poucos jogadores, Cristóvão teve poucas opções: trocou Jonathan por Allan, que entrou bem e deu gás e consistência ao meio campo; e colocou também Márcio Careca no lugar de Julinho: ambos nada fizeram. Me perguntei por que Cristovão não usou um centro-avante da base: não podia ser pior que Patric.

Desconsiderando as atuações que, apesar das críticas renderam até um certo momento superioridade ao Vasco, uma coisa me irritou: passamos tudo que eu vi da partida perdendo bolas bobas em jogadas de ataque estranhas (lançamentos bizarros, passes com erros bobos, dribles idiotas etc.). Isso foi um dos complicadores de nossa vida, somado ao cansaço que foi agravando a situação ao logo do segundo tempo e que teve Nilton, sem substituto, como a maior vítima. Espero que não retorne com ele o estigma constante de entregador de jogos.

Resumo do meio-de-semana: nada aconteceu. Esqueçamos isso, lembremos que somos líderes do Brasileirão e que teremos mais uma oportunidade de disparar. Aurora só voltará a existir imediatamente depois da 31ª rodada, contra o Bahia. E fim de papo!

Abraços!

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